segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Nunca pensei que pudesse chegar a esse ponto. O ponto em que eu me desfaria totalmente de você e me dedicasse apenas a mim. Mesmo assim, ainda dói saber que não posso mais te tocar; saber se você está bem depois de um dia cansativo de trabalho; não ouvir sua voz aveludada sussurrando besteirinhas ao pé do ouvido. Não sabes o quanto é difícil te ver de longe quando, na verdade, eu queria correr para o seus braços e matar essa louca saudade; fazer loucuras por, e com você. Não posso negar, fui dependente de ti, embora, às vezes penso que ainda restam resquícios que, aos poucos, venho superando, tentando esquecer. Mas sigo. Lutando todos os dias contra o meu maior ponto fraco, pois preciso de mim, tanto quanto preciso de você, por isso vou, mas um dia volto, mesmo que seja apenas para te observar.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Des-encontro.
Foi de tanto andar na contramão, que perdi seus passos. Hoje sinto meu coração explodir como um copo de vidro ao cair no chão. Sem perceber, deixei que o vento te levasse para bem longe, e tu passarinho que sois, fizestes morada em outro ninho. Talvez este seja mais confortável e estável, pois não era interessante para ti a imprevisibilidade e inconstância do meu. O tempo se vai como as areias que escorrem pelos meus dedos. O tempo e as areias não voltam, meu bem. Porém espaço em que estamos podem, devem e irão mudar. Este é o verdadeiro encanto da coisa. Então faças da tua liberdade o teu lar, mas sempre que der, voltes...
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