quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sentir, Resistir, Amar.


Meus olhos não cansam de expor o que minha alma inibe.
Nesse momento,
Preciso ser forte, nem que seja pra segurar tua mão enquanto tempo estiver fechado.
Preciso sorrir, pois só assim levarei calmaria pra o teu coração.
Preciso abraçar-te, dar-te segurança e um ombro pra chorar.

Mesmo que no escuro do quarto meu mundo venha a desabar juntamente com o seu,
que as lágrimas presas venham à tona, encharcando todo o meu travesseiro,
que meu coração fique despedaçado ao lembrar do seu semblante triste.

Preciso ficar inteira,
Para que no dia seguinte eu não desabe ao ver novamente lágrimas nos seus olhos.
Preciso resistir,
Pois tu és razão da minha existência.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Contradições de uma vida.


Memórias de amores quase esquecidos retornam a vida daquela mulher.

Querendo jogá-la em contradição com o próprio eu e o seu próprio pesar.
E a todo momento ela se pergunta: porquê?
Por que o amor fere deixando as cicatrizes abertas?
Por que amamos a vida e ela muitas vezes quebra todas as nossas expectativas em relação ao amor?
Ou minhas escolhas é que estão erradas?

Eu sei, muitas vezes o meu ego falou mais alto.
Achei que era absoluta e que ninguém jamais poderia me ferir.
Muitas vezes me peguei pensando em palavras que soavam aos meus ouvidos como belas melodias, e também naquelas que soavam como a ópera da morte.
Será que eram verdadeiras ou tudo era uma farsa?

Preciso correr,
procurar verdades absolutas que somente o meu orgulho é capaz de revelar.
Só assim me sentirei mais leve.
Honesta com todos os amores que surgiram em minha vida.

É, eu só preciso dessas verdades para seguir.
Para curar de vez as marcas que o meu orgulho deixou.
E só assim serei capaz de controlar todos os sentimentos que habitam em mim.
Fazendo com que meu próprio ego e orgulho virem pó.

Assim, serei uma leve brisa que tocará a sua face,
uma lembrança quase morta,
uma chama quase apagada,
Até enquanto eu viver.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Desejos de uma melodia inacabada.


Estava ali, sentada a beira mar com o meu instrumento.

Relembrando do olhar que estremecia todo meu corpo,
Do calor que eu sentia quando me abraçavas,
E de todas as sensações que provocavas quando estávamos juntos.

Aos poucos vão surgindo melodias.
Melodias nas quais expresso todos os meus desejos,
Onde toda a sensibilidade das notas soadas do meu instrumento,
são traduzidas na mais bela canção de amor.

Por que me deixastes assim?
Com o desejo a flor da pele, e ao mesmo tempo,
com o coração batendo cada vez mais forte por ti?
Deixastes-me sensível.
Sensível como uma criança que a todo instante precisa de afeto.

Oh! Cavalheiro da noite, por que não voltas?
Por que não acabas logo com toda essa espera?
Não deixes que a chama que há dentro de mim apague,
pois só preciso do seu abraço para me envolver junto ao seu peito,
para me sentir protegida todas as vezes que a tempestade vier.

Não percebes que só preciso do seu calor pra me manter aquecida?
Da sua mão para me proteger das maldades do mundo?
Do seu amor para manter-me mais viva?

Saibas que estou a sua espera todas as noites,
Talvez seja em nesse mundo... 
Ou em um mundo de fábulas.
Estarei sempre te esperando.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A constante mudança.


Até ontem a minha vida estava em perfeita sincronia com o tempo,
Tempo esse, que fez com que em questão de segundos,
tudo que estava em minhas mãos seguisse o curso do vento,
Perdi tudo, só não os sonhos que habitam em mim.
Pois são eles que me fazem levantar todas as vezes que o sol nasce.

Eu sei, que tempestade e pedras tentaram destruir o meu castelo de cartas,
Mas com as pedras retornarei a construir um novo castelo.
Uma fortaleza, onde ninguém jamais será capaz de destruir.
E as tempestades? serão apenas chuvas de verão.

A perda nos ensina que a nossa vida é como as estações do ano,
Que mudam constantemente e periodicamente
Pois não há inverno que não traga primavera,
Ou verão que não traga inverno.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Colecionadora de corações.


Tento inibir toda a tristeza que há em meu ser,

através das cores que estão em minha face.
Meu sorriso nunca mais fora o mesmo,
desde que a bailarina foi embora.

Oh, Bailarina! Por que insististes em levar meu coração?
Lembra que Prometestes voltar?

A cada dia, um segundo é uma eternidade,
Parece que o tempo está contra mim.
As noites tornaram-se frias e melancólicas sem a presença da Bailarina.

A chuva é minha maior inimiga,
pois ela quer acabar com toda a farsa.
Mostrar as marcas da saudade e da dor
deste pobre palhaço.

A bailarina cada vez mais se distancia,
levando consigo o único bem mais precioso daquele homem:
O seu coração.
Tudo por prazer, desejo, um sentimento de superioridade a cada conquista.

Sem pensar nos estragos,
ela segue sem nenhum sentimento guardado em seu peito,
pouco se importa com o que ficou para trás,
tampouco com aquele homem.

Seus desejos por corações é maior que a sua própria vida,
mais forte que todos os fenômenos da natureza.
Para ela corações são como troféus,
que são conquistados e colocados na estante.

Enquanto isso, o palhaço sofre,
sofre com a saudade e a solidão,
procurando respostas,
querendo ter de volta a bailarina e o coração.

Todas as noites o palhaço chora e ao mesmo tempo grita:
- Volta bailarina! Não deixes que a chuva mostre esse rosto cansado e torturado por falta do teu amor.

Cansado de chorar, ele adormece.
Pensando o porquê foi abandonado,
e todas aquelas lembranças o perseguem,
e cada vez mais o seu sofrimento aumenta.

Sem ninguém e sem amor,
o palhaço tenta seguir sua vida.
E a Bailarina?
Continua colecionando corações.

domingo, 2 de outubro de 2011

Baladas de um amor mal resolvido.


Minha mente tenta esquecer o que é inesquecível.
Meu coração guarda mágoas que nem o tempo é capaz de destruir.
Pensamentos me levam a um lugar que nem mesmo sei.
Meu corpo está aqui, mas a alma está presa na neblina.

Ao acordar, minha imagem está lá, refletida no espelho.
Vejo apenas pequenas marcas do que me transformei,
e ao som das baladas de inverno relembro como tudo aconteceu,
um amor mal resolvido, que até hoje me consome!

Ah! O amor fere, destrói sonhos, deixa cicatrizes que nem o tempo é capaz de apagar.
Tento apagar da minha mente aquelas baladas, que deixaram marcas ruins.
Por alguns instantes consigo, mas nada adianta,
porque as baladas de inverno me perseguem, e me joga contra o precipício.

Daí percebo que devo esperar tudo passar,
procurar baladas que me encorajem, que me leve até a luz,
onde não exista sombras, medo, insegurança ou dor.
Só assim irei apagar todas as marcas de um amor mal resolvido.