quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Colecionadora de corações.


Tento inibir toda a tristeza que há em meu ser,

através das cores que estão em minha face.
Meu sorriso nunca mais fora o mesmo,
desde que a bailarina foi embora.

Oh, Bailarina! Por que insististes em levar meu coração?
Lembra que Prometestes voltar?

A cada dia, um segundo é uma eternidade,
Parece que o tempo está contra mim.
As noites tornaram-se frias e melancólicas sem a presença da Bailarina.

A chuva é minha maior inimiga,
pois ela quer acabar com toda a farsa.
Mostrar as marcas da saudade e da dor
deste pobre palhaço.

A bailarina cada vez mais se distancia,
levando consigo o único bem mais precioso daquele homem:
O seu coração.
Tudo por prazer, desejo, um sentimento de superioridade a cada conquista.

Sem pensar nos estragos,
ela segue sem nenhum sentimento guardado em seu peito,
pouco se importa com o que ficou para trás,
tampouco com aquele homem.

Seus desejos por corações é maior que a sua própria vida,
mais forte que todos os fenômenos da natureza.
Para ela corações são como troféus,
que são conquistados e colocados na estante.

Enquanto isso, o palhaço sofre,
sofre com a saudade e a solidão,
procurando respostas,
querendo ter de volta a bailarina e o coração.

Todas as noites o palhaço chora e ao mesmo tempo grita:
- Volta bailarina! Não deixes que a chuva mostre esse rosto cansado e torturado por falta do teu amor.

Cansado de chorar, ele adormece.
Pensando o porquê foi abandonado,
e todas aquelas lembranças o perseguem,
e cada vez mais o seu sofrimento aumenta.

Sem ninguém e sem amor,
o palhaço tenta seguir sua vida.
E a Bailarina?
Continua colecionando corações.

domingo, 2 de outubro de 2011

Baladas de um amor mal resolvido.


Minha mente tenta esquecer o que é inesquecível.
Meu coração guarda mágoas que nem o tempo é capaz de destruir.
Pensamentos me levam a um lugar que nem mesmo sei.
Meu corpo está aqui, mas a alma está presa na neblina.

Ao acordar, minha imagem está lá, refletida no espelho.
Vejo apenas pequenas marcas do que me transformei,
e ao som das baladas de inverno relembro como tudo aconteceu,
um amor mal resolvido, que até hoje me consome!

Ah! O amor fere, destrói sonhos, deixa cicatrizes que nem o tempo é capaz de apagar.
Tento apagar da minha mente aquelas baladas, que deixaram marcas ruins.
Por alguns instantes consigo, mas nada adianta,
porque as baladas de inverno me perseguem, e me joga contra o precipício.

Daí percebo que devo esperar tudo passar,
procurar baladas que me encorajem, que me leve até a luz,
onde não exista sombras, medo, insegurança ou dor.
Só assim irei apagar todas as marcas de um amor mal resolvido.