Tento inibir toda a tristeza que há em meu ser,
através das cores que estão em minha face.
Meu sorriso nunca mais fora o mesmo,
desde que a bailarina foi embora.
Oh, Bailarina! Por que insististes em levar meu coração?
Lembra que Prometestes voltar?
A cada dia, um segundo é uma eternidade,
Parece que o tempo está contra mim.
As noites tornaram-se frias e melancólicas sem a presença da Bailarina.
A chuva é minha maior inimiga,
pois ela quer acabar com toda a farsa.
Mostrar as marcas da saudade e da dor
deste pobre palhaço.
A bailarina cada vez mais se distancia,
levando consigo o único bem mais precioso daquele homem:
O seu coração.
Tudo por prazer, desejo, um sentimento de superioridade a cada conquista.
Sem pensar nos estragos,
ela segue sem nenhum sentimento guardado em seu peito,
pouco se importa com o que ficou para trás,
tampouco com aquele homem.
Seus desejos por corações é maior que a sua própria vida,
mais forte que todos os fenômenos da natureza.
Para ela corações são como troféus,
que são conquistados e colocados na estante.
Enquanto isso, o palhaço sofre,
sofre com a saudade e a solidão,
procurando respostas,
querendo ter de volta a bailarina e o coração.
Todas as noites o palhaço chora e ao mesmo tempo grita:
- Volta bailarina! Não deixes que a chuva mostre esse rosto cansado e torturado por falta do teu amor.
Cansado de chorar, ele adormece.
Pensando o porquê foi abandonado,
e todas aquelas lembranças o perseguem,
e cada vez mais o seu sofrimento aumenta.
Sem ninguém e sem amor,
o palhaço tenta seguir sua vida.
E a Bailarina?
Continua colecionando corações.